Neste início do mês de dezembro, aqui em Natal/RN foi marcado pela maior micareta do Brasil o Carnatal, mas não é dele que me disponho a escrever, e sim, de um fato que me chamou a atenção. O comportamento de muitos casais, e isso digo no geral, casais héteros e homossexuais. De um lado ou de outro podia se ver os pares românticos, que no início da festividade, antes da atuação do álcool, mostravam-se verdadeiros pombinhos apaixonados. No decorrer da noite, vimos o outro lado da moeda.
Encontrei vários casais discutindo, por ciúmes, por orgulho, ou mesmo por falta de compreensão na comunicação. Enfim, discutir é o normal de qualquer relacionamento, o que foge da normalidade são as agressões físicas, que fogem da racionalidade humana. Mas, o que mais me intriga é saber que somente poucos ali, após uma situação tão constrangedora decidem tomar outro rumo na vida. Enquanto, muitos permanecem em condições de abuso e sofrimento.
Encontrei um casal, muito aparente e vi que a moça estava chorando, fiquei a olhar e de repente seu companheiro dá-lhe uma cotovelada em seu rosto, a moça imediatamente o abraça, não entendi sua reação, somente a agressão do companheiro, que ao perceber que eu estava olhando me chamou para uma briga, e nesses casos, infelizmente o poder está somente nas mãos de quem é agredido. Neste caso, o da moça. Noutro ponto, vi um casal de mendigos trocando carinhos, e o papel fora invertido, quando fitei meu olhar no casal de rua, percebi o quão amoroso era o homem com sua mulher, mesmo tendo ela enchido a cara e não falava coisa com coisa, o homem, somente a segurava e não a deixava cair, e caminhava cambaleando e rindo. Um homem de rua, aparentemente ignorante, tratava com mais respeito e zelo sua companheira, do que o outro, que mesmo com estudos e dinheiro não praticava o respeito com o próximo. Agia como um verdadeiro ser irracional.
O amor e o respeito devem andar lado a lado, tendo em vista que o amor ele age racionalmente, não arde em ciúmes e nem agride. O respeito é a educação que se tem, mesmo que você não tenha tido estudo, é algo intrínseco, não depende de mais nada, flui de dentro de cada um. Este, como o amor se conquista e se distribui incondicionalmente. Mas parece que muitos não entendem o verdadeiro sentido de amar e ser amado, de respeitar e ser respeitado.
A única coisa que deixo, é o apelo de que cada um saiba que não nasceu para sofrer, temos o poder nas mãos e devemos agir com sabedoria nas horas mais difíceis da vida. Como evitar chegar num ponto desse, observando cada momento, por minúsculo que seja, do dia-a-dia com o companheiro. Gritar, dar tapas, xingar, criticar demais, humilhar, etc. não são normais, são rastros de um agressor.
Por fim, cada ser humano deve, tem o direito, de ser respeitado. O amor virá pela sensibilidade e reciprocidade do afeto de um por um. Não queira para o outro o que você não deseja pra si mesmo.
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